FALANDO UM POUCO DE LAJES E SUA COMERCIALIZAÇÃO


Assim como qualquer produto, as estruturas de concreto armado (CA), das quais, dentre outras,  vidas humanas dependem de sua segurança. A produção de produtos com exigem certo teor de responsabilidade por parte dos fabricantes a respeito da especificações e qualidade do produto que estão que são fabricados e o trabalho de fabricação deste tipo de produto requer que se tenha conhecimento bastante especifico (adquiridos em academia aliado a conhecimentos de campo) para que o mesmo garanta, as seus usuários, aquilo que eles espera dele, segurança.
Dentre estes produtos, temos as lajes nervuradas com elementos pré - fabricados de concreto armado, popularmente conhecida por laje treliçada (LT). Este tipo de estrutura, formada por vigotas treliçadas e material inerte de enchimento, formam placas que sofrem esforços físicos capazes de comprometer a estabilidade da mesma e consequentemente a toda estrutura, se a mesma não estiver apta a reagir a esses esforço, pois, conforme preconiza Isaac Newton, “a toda ação temos uma reação de mesma intensidade, porém sentido contrário”, o que remete a princípios básico de equilíbrio.
Momentos fletor, momento de inércia, elasticidade, esforço cortante, momentos negativos, nervura de travamentos, cisalhamento, armadura de distribuição, dentre outros. Achou os termos estranhos? Esquisitos? Pois todos estes termos e mais alguns poucos, fazem parte do assunto que envolve, principalmente, as lajes pré-fabricadas (aqui direcionada para o tipo treliçada) e são terminologias que devem fazer parte do vocabulário, ser do conhecimento (no mínimo) de todo fabricante deste produto, e obviamente seus responsáveis técnicos. Pois é a partir desse conhecimento que começa o processo de produção deste produto, outrora dimensionado para trabalharem com a atuação dos termos acima mencionados. Na comercialização, o preço é importante - para o consumidor final - sem dúvidas, mais antes de qualquer coisa, é importante saber se o preço que estar se "pagando" vai mantê-lo, estável, onde ele foi colocado, ou seja, em situação de equilíbrio sob a ação da gravidade.
Já temos presenciados muitos caso de como este produto é tratado na comercialização. Nos preocupamos, pelo fato de conhecermos como ele deve reagir quando estiver em uso, e por testemunhar que muitos são os não pensam em requisitos básicos, tangente a essa estrutura, que pode ser "pequenos detalhes" para os fabricantes, porém para o usuário e a própria estrutura, não. Assim vai a dica quanto a aquisição de lajes treliçadas, (i) ela são bem mais que uma vigota e um enchimento. Existe todo um conjunto de conceito para que ela tenha ganho este formato que é "comprado" para seu uso.


COMERCIALIZAÇÃO

GATO POR LEBRE NA LAJE TRELIÇADA (EM SOBRAL)!


Peças estruturais de C.A. (concreto armado) são estruturas normatizadas pela ABNT ( Associação Brasileira de Normas Tecnica) que devem ser obedecidas, para segurança dos usuários, como já mencionamos anteriormente. No entanto, é comum encontramos situações avessas a estas normas e especificações quando o assunto é LT. Existem fabricantes de lajes treliçada, que repassam (ainda) os produtos para seus clientes, sem o menor critério de preocupação com as normas vigentes.
"Empresas" que comercializam, por exemplo, sem a preocupação da com a armaduras complementar (armadura que irá contribuir para o combate a flexão da peça) sem se que informa a necessidade (muitas vezes) destas. E, mais grave, é que muitos repassam a informação errada para o cliente, afirmando (talvez) de que a mesma (armadura complementar) não é necessária, que somente a armadura treliçada eletrosoldada e a base de concreto são suficientes para resistir, àqueles esforços e características mencionadas anteriormente. Nesta situação desenhada, podemos imaginar entre duas situações presentes: (a) o cliente está pagando mais caro com a confecção de uma laje armada sobre a pré - fabricada, (b) ou não tarda, termos problemas com sinistros de lajes em obras.
Quando falamos "...confecção de uma laje armada sobre a pré - fabricada...", é que comumente ouvimos afirmações de que bastar colocar uma malha e um concreto "bem forte" que esta tudo bem. Ou seja, o problema dos esforços sobre as vigotas esta resolvido.
Assim fica a sugestão para que diante ao exposto, antes de adquirirem este tipo de produto, não se guiem somente pelo preço baixo, que deverá ser desembolsado de imediato. Busquem informações sobre o produto e procurem saber se eles estão dentro da normas de segurança do concreto armado, procure orientação de profissionais habilitados. Lembre-se de que saber fazer, produzir, não significa, necessariamente, saber o que esta fazendo.
CUIDADO não comprem gato por lebre!

FIQUE ATENTO AOS DETALHES DE UMA VIGOTA TRELIÇADA

ARMADURA TRELIÇADA: adquirida já industrializada é composta de banzos superior e inferior e sinuóides;

BASE DE CONCRETO: Confeccionado pelo fabricante com argamassa de cimento, areia e brita, deve possuir um fck mínimo de 20MPa. Hoje, dada a facilidade e acesso a equipamentos, muitos fabricante já utilizam 30 MPa;
ARMADURA COMPLEMENTAR (Adicional): Adicionada a vigota pelo fabricante, ou in loco pelo empreiteiro, deve possuir seção devidamente calculada para a cargas acidental a qual se prestará a combater. Deve ser observada a necessidade ou não da mesma conforme normas vigentes de calculo estrutural.
É valido salientar que esta armadura complementar pode ser longitudinal, transversal, de distribuição (comumente chamada de malha) e de tração, sendo esta última podendo ser inferior ("geralmente combate momento fletor") ou superior (negativa) sobre apoios. Ou ainda armadura positiva e negativa.
Temos ainda o elemento de enchimento que "é o componente pré - fabricados com materiais inertes diversos, sendo maciços ou vazados, intercalados entre vigotas em geral, cuja função é reduzir o consumo de concreto". 

CARGAS E SOBRECARGAS EM LAJES.

"A primeira operação do cálculo de uma laje é a determinação da carga que atua em cada metro quadrado". 
São estas cargas e/ou sobrecargas (termos relativos quando na discussão epistemológia , que não vamos nos "prender" neste momento) que definem as características que a laje treliçada vai possuir.
Podemos resumir para efeito deste artigo, a cargas sobre a laje em PERMANENTES e ACIDENTAIS.
As permanentes ou peso próprio, refere - se ao somatório de todos os componentes que compõem a laje treliçada. Nisto incluímos, vigotas, enchimento, armadura complementar concreto e qualquer outro incremento que venha a fazer parte da laje por definitivo. 
Já as acidentais, tratam - se de todas àquela cargas que surgirão com o uso da laje. Por exemplo, pessoas, moveis, equipamentos, etc., sobre a mesma. O que relativamente, irá definir a diferença entre cada tipo. Explicando melhor. Não podemos dizer que o mesmo tipo da laje utilizada para uma residencia unifamiliar, poderá ser considerada a mesma onde funcionará um depósito de peças para automóveis. Logo, teremos característica distinta que devem ser observadas.
A soma das permanente e acidentais, denomina - se o que chamamos de carga total (q) e é medida para efeito de calculo uma unidade por metro quadrado de laje, por exemplo kgf/m²
Popularmente, estas característica é tida como laje para forro ou laje para piso, isso para diferenciar comercialmente o uso das cargas, onde quando utiliza laje para forro, significa dizer que não vai ter uso sobre esta. Porém deve - se considerar, ainda assim, ao que chamamos de carga de trabalho, que é a intensidade suficiente para a execução de atividade sobre a mesma quando na montagem. E laje para piso significa de dizer que algo vai atuar sobre a mesma, é esse "algo" que precisa ser definido "o que é".
Atentando, neste momento para que o resultado desta cargas, dentre algumas mais, são as forças que atuam sobre a estrutura e que precisam de resistência, mantendo desta forma a estabilidade do conjunto e as lajes, são as principais responsáveis por isso.

Até a próxima!